Um sistema de aterramento seguro não se faz com "receita de bolo". A capacidade do solo de dissipar correntes de falta varia drasticamente conforme a profundidade e a composição geológica do terreno.
A Energize realiza a prospecção geoelétrica in loco, coletando dados precisos para criar um modelo matemático do solo. Isso nos permite projetar malhas de aterramento otimizadas, garantindo a segurança humana e a proteção de equipamentos sensíveis sem superdimensionamento de materiais.
Como realizamos:
Método de Wenner (4 Hastes): Utilizamos terrômetros de alta precisão para realizar sondagens elétricas verticais (SEV), aplicando o método de Wenner. Realizamos medições em múltiplos espaçamentos e direções para mapear a resistividade do solo em diferentes profundidades.
Modelagem Geoelétrica: Processamos os dados de campo em softwares de engenharia para definir o modelo de camadas do solo (estratificação em 2, 3 ou mais camadas). É esse modelo que define exatamente como a corrente elétrica se comportará no subsolo.
Segurança (Passo e Toque): Com a estratificação correta, calculamos os Potenciais de Passo e Toque admissíveis. Isso garante que, em caso de curto-circuito ou queda de raio, uma pessoa caminhando sobre a subestação ou encostada em um equipamento não sofra choque elétrico fatal.
Economia de Obra: O estudo elimina o "chutômetro". Projetamos a quantidade exata de cobre e hastes necessária para atingir a resistência de terra desejada, evitando gastos desnecessários com infraestrutura superdimensionada.
Teste 1: Solo de Alta Resistividade (Solo Rochoso/Arenoso)
O Cenário: Em um projeto para uma subestação na zona rural de Santa Rosa - TO, a inspeção visual indicava um solo pedregoso e seco, o que geralmente isola a eletricidade e dificulta a dispersão da corrente de curto-circuito.
A Análise de Estratificação: Realizamos a medição de resistividade com espaçamentos progressivos. Os dados revelaram que as camadas superficiais (até 4m) possuíam altíssima resistividade (> 1.000 Ω.m), o que tornaria um aterramento convencional ineficaz e perigoso (altas tensões de passo).
Solução de Engenharia: Com base no modelo matemático do solo, redimensionamos a malha: ao invés de investir em profundidade (que seria inútil naquele solo), projetamos uma malha estendida horizontalmente e aplicamos tratamento químico no solo envolvente das hastes.
Resultado: O sistema atingiu os níveis de segurança exigidos pela norma, protegendo operadores contra choques, algo que não aconteceria sem o estudo prévio.











































Teste 2: Otimização e Economia em Solo Condutivo
O Cenário: Projeto de ampliação de carga para um cliente comercial. O orçamento inicial (estimado sem laudo) previa uma quantidade massiva de cabos de cobre nu e dezenas de hastes para garantir a segurança.
A Análise de Estratificação: Nossa sondagem identificou que, embora a camada superficial fosse aterro (resistiva), existia uma camada de solo argiloso e úmido (altamente condutivo) a partir de 3,5 metros de profundidade.
Solução de Engenharia: O software de modelagem mostrou que não era necessário "enterrar dinheiro". Alteramos o projeto para focar em hastes profundas que atingissem essa camada específica, reduzindo drasticamente a quantidade de cabo de cobre na malha horizontal.
Resultado: Economia de 40% no custo de materiais e mão de obra de escavação para o cliente, mantendo a resistência de aterramento técnica perfeita.
